Cris Conde

“Entra pelos olhos, fica um tempo na mente e algum dia eu vou manifestar aquilo que eu observei há um tempo atrás em forma de trabalho. É uma inspiração e uma expiração daquilo que vivo.” Assim, Cris Conde descreve seu processo criativo que surge de maneira natural para ela, dando tempo para maturar suas ideias observar o mundo e absorver as ideias que nascem dessa observação para depois materializar o processo em forma de arte é o modus operante de uma artista empírica e instintiva. Inspirada por Picasso, Modigliani, Juarez Machado, Sergio Martinolli e Humberto da Costa, Cris é pintora há 30 anos e também cita como influências artistas de rua, tendo crescido em Galerias, feiras de arte, gerando uma certa naturalidade com a qual consegue enxergar a função de artista.

“Para mim a arte sempre foi um ofício, um ofício como outro qualquer, sem nenhuma vaidade, para mim é uma coisa muito simples, muito natural. É uma forma de comunicação com a qual eu melhor me expresso.”

A maneira como Cris Conde descreve seu trabalho é talvez parte do que torna seu trabalho único. Através de sua obra surge uma expressão pura, sua pretensão é a expressão de sua visão de mundo. Em sua perspectiva, o que diferencia a função do artista por si só é a capacidade de análise do mundo, de enxergar os detalhes em meio ao banal, as nuances no mundano do cotidiano. Sua obra muitas vezes retrata o feminino sob sua ótica de diversas maneiras, explorando a sensibilidade e as formas com um traço rápido e marcante. Sem formação acadêmica, autodidata e extremamente intuitiva, Cris Conde tem como fio narrativo o universo feminino e muda esse universo à medida que seu próprio universo se transforma.

Carioca, Cris já teve galerias em Brasília, Tiradentes, Trancoso e Viena, mas hoje reside em São Paulo, onde seu ateliê hoje continua a produzir toda uma variedade de obras em continuidade a seus mais de 30 anos de experiência.

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