Esta gravura foi feita a partir de uma coleção de bloquinhos de madeira que eu ganhei de um visitante da minha tipografia, em Seattle. Novamente, aqui estão as texturas, e que neste caso, me lembram textos, que são outra paixão minha: a escrita. Há algo de musical nesta peça, e há um útero (me lembra um biquíni também). Um útero que dança? Ou que tenta dançar?
De novo, o tema da grade, da malha, através de uma certa linearidade onde o útero (o feminino) tenta se encaixar. A prisão do contrato social (patriarcal)? O feminino que é o caos criador, o masculino que é a ordem externa das coisas. A ponta mais baixa do útero se equilibra na parte mais intensa da malha, que sobressai e desce como se fossem raízes que aterram. Aqui estão presentes temas das polaridades do feminino e do masculino: o cartesianismo da ordem das linhas pretas e masculinas, a assimetria criativa e imaginativa do útero vermelho. Como na sociedade, o feminino imprensado, preso, sem poder se mexer, dançar, ser.
Mas de outra forma, pode ser visto como um perfeito encaixe: do feminino e do masculino. Yang e Yin. Claudio Naranjo falava da cura pela música, assim como muitos outros buscadores. É dito que a música é uma arte diferenciada pois tem relação profunda com o som das esferas, os sons cósmicos, que os planetas fazem. E que esses sons são curadores pois se tudo é energia vibrando, incluindo nós, então, tudo tende a querer se harmonizar. Tudo “se ajeita” ou quer se ajeitar.
Mas também pode-se ver o poder da trama, o poder do contexto. Como o contexto, a narrativa pode tanto nos prender ou nos levantar. Na gravura, como uma narrativa forte, posicionada pode elevar o útero, a ponta que um pontinho seu começa a sair da malha, lá em cima. Aí entramos na relação dos chacras, os baixo e os altos. O chacras baixo que aterram, os altos que nos levam à evolução espiritual. E como eles estão conectados por uma força chamada Kundalini, que sobe dos lugares mais densos em nós e sai pela cabeça. O orgasmo se encaixa nessa narrativa, a paixão de Cristo da mesma forma. É pelo corpo que ascendemos. Dionísio, deus do vinho, tinha por essa narrativa suas lições: tomar o vinho para entrar no divino do instinto e por ali ascender ao sagrado do espírito. O Divino Feminino, a nossa natureza; o Sagrado Masculino, nossas ideias, aspirações. O útero nessa gravura reprensentando essa Kundalini vermelha que soube. A paixão de cada um. Enfim, há muitas conversas que podem vir dessa peça.
Buce-Coração
R$ 20.000,00
Feita a partir de blocos de madeira, novamente, aqui estão as texturas que amo e que me lembram textos também, outra paixão minha: a escrita. Há algo de musical nesta peça, e há um útero (um biquíni?). Um útero que dança? Ou que tenta dançar? Aqui aparece o tema da grade, da malha, da tentativa de encaixar a energia do feminino, que é caos criador, numa linearidade. O cartesianismo patriarcal que virou uma prisão social? A ponta mais baixa do útero se equilibra na parte mais intensa da malha, que sobressai e desce como se fossem raízes que aterram. Aqui estão presentes temas das polaridades do feminino e do masculino: o cartesianismo da ordem das linhas pretas e masculinas, a assimetria criativa e imaginativa do útero vermelho. Como na sociedade, o feminino imprensado, preso, sem poder se mexer, dançar, ser.
Em estoque
Feita a partir de blocos de madeira, novamente, aqui estão as texturas que amo e que me lembram textos também, outra paixão minha: a escrita. Há algo de musical nesta peça, e há um útero (um biquíni?). Um útero que dança? Ou que tenta dançar? Aqui aparece o tema da grade, da malha, da tentativa de encaixar a energia do feminino, que é caos criador, numa linearidade. O cartesianismo patriarcal que virou uma prisão social? A ponta mais baixa do útero se equilibra na parte mais intensa da malha, que sobressai e desce como se fossem raízes que aterram. Aqui estão presentes temas das polaridades do feminino e do masculino: o cartesianismo da ordem das linhas pretas e masculinas, a assimetria criativa e imaginativa do útero vermelho. Como na sociedade, o feminino imprensado, preso, sem poder se mexer, dançar, ser.
- Informações
- Características
- Onde encontrar
- Vendedor
- Reviews (0)
- Perguntas e Respostas
- Sobre Ana Karina Luna
Dimensões | 51 × 51 cm |
---|---|
Cor | Vermelho, Preto |
Artista |
Out Gallery
Estamos procurando uma definição de arte mais geralmente aceita nesta nova década. É impossível determinar tudo o que pode alterar a visão de arte contemporânea, mas não há dúvida de que a turbulência emocional e da sensibilidade, pela qual passa a maioria de nós apreciadores, colecionadores e artistas , está criando novas concepções de arte e formas de interatividade.
Afirmamos o papel extraordinário dos artistas na sociedade. Comprometidos com o nosso tempo e por meio de sua liberdade, eles desafiam a indiferença e também as certezas. Quando eliminamos vieses injustificáveis e preconceitos ilógicos, o campo permanece aberto à imaginação, na beleza da obra do artista, tudo está contido. Para o poeta e crítico Ferreira Gullar a “verdadeira arte”, é aquela que transcende a dor e transfigura o sofrimento em beleza. É verdade que isso não surgiu gratuitamente, mesmo porque a verdadeira arte não é apenas bom gosto e beleza, para ele, a arte existe porque a vida não basta.
Out Gallery apresenta novas formas de se relacionar com a arte, um ecossistema baseado em uma infinidade de critérios complexos: experiência humana, comportamentos sociais, questões globais, econômicas e políticas, interação física, virtual e mental, forma, visão e uma compreensão e desejo rigorosos pela cultura contemporânea que delimitam o seu modus operandi.
Vivemos as contradições graves de nosso tempo e a urgência do estabelecimento de uma nova perspectiva. Acreditamos que poderíamos estar vivendo em um mundo totalmente diferente – um que está cheio de objetos, espaços, lugares, mundos, espíritos e experiências. A arte e o design tem sido o modelador cultural do nosso mundo desde o início. Arte é sobre a melhoria de nossas vidas poética, estética e sensorialmente. Na confluência do mundo econômico e da cultura, abraçamos a tecnologia como mediadora de encontros e negócios em torno dela.
“Come to the edge, he said.
We can’t, we’re afraid! They responded.
Come to the edge, he said.
We can’t, We will fall! They responded.
Come to the edge,he said.
And so they came.
And he pushed them.
And they flew.“
— Guillaume Apollinaire
Apenas clientes logados que compraram este produto podem deixar uma avaliação.
Perguntas e Respostas
You are not logged in
Avaliações
Não há avaliações ainda.